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“Chico de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia” estreia na Bienal

Espetáculo poético musical narra a biografia e curiosidades sobre o homenageado do evento

Janaina Farias – jornalista com fotos de João Erisson

”Chico de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia” estreia na Bienal

Celebrando os 130 anos do poeta e escritor Jorge de Lima, o espetáculo Chico de Assis conta Jorge de Lime e a Invenção da Poesia”, estreia nesta quarta (16), às 19h, no Teatro Gustavo Leite dentro da programação da Bienal internacional do Livro de Alagoas.

Na ocasião, Chico de Assis apresentará curiosidades, memórias, além de escultura, pintura e fotomontagem do poeta homenageado. O espetáculo conta ainda com contribuições de outros artistas como Lasar Segall, Mario de Andrade, Murilo Mendes, José Lins do Rego, Raquel de Queiroz e Graciliano Ramos, e, com o movimento Modernista que completou 100 da Semana de 22.

”Chico de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia” estreia na Bienal

Para o ator, celebrar Jorge de Lima, é celebrar a identidade brasileira. “É celebrar as raízes de Alagoas, podemos dizer, a Alagoas profunda, seus costumes, suas tradições”, contou Chico de Assis, que celebra 45 anos de carreira artística, com trabalhos no cinema, novelas, minisséries na TV Globo, tendo passagens por programa de entrevistas e trabalhos internacionais.

Para Chico, não existe lugar melhor para comemorar os 130 anos de Jorge de Lima do que a Bienal. “Na Bienal onde temos escritores intelectuais, o povo, em suas diversas manifestações, acompanhando tudo que está acontecendo aqui na Bienal. É uma necessidade para nós, alagoanos, a gente celebrar os nossos artistas, os nossos escritores, a nossa identidade, a história do nosso povo, e o Jorge Lima, ele é impregnado disso tudo. Viva Jorge Lima, viva à Bienal”, afirmou.

E ele vai ainda mais longe quando diz que celebrar Jorge de Lima é uma necessidade. “É uma necessidade nossa, o nosso grande poeta de língua portuguesa, e com o nosso orgulho um alagoano do União dos Palmares. Nesses 130 anos, nós devemos sim compartilhar esse momento que é tão importante para a literatura brasileira, que é a obra do Jorge de Lima”, ponderou Assis.

Programação para o público infantil

Nesta quinta-feira (17), a partir das 10h30 e às 15h será a vez do público infantil. Em homenagem ao poeta Jorge de Lima também terá uma programação para este público. Com o tema, “As aventuras de Liminha e Zumbinho”, o espetáculo é uma adaptação do livro infantil homônimo escrito pelo ator Chico de Assis.

O espetáculo multimídia contará com músicas de hip-hop, teatro, dança e cultura popular acerca da biografia do poeta, Jorge de Lima.

Dentro da Programação da Bienal :

As aventuras de Liminha e Zumbinho

Local: Teatro Gustavo Leite

Data: 17/08

Sessões: 10h30 e 15h

Entrada gratuita sujeita a lotação do local.

Sobre o homenageado

Jorge de Lima, nasceu no ano de 1893, em União dos Palmares (AL). Fez o ginásio e o segundo grau em Maceió. Com apenas 15 anos, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia na cidade de Salvador, e, concluiu o curso no Rio de janeiro no ano de 1914. Neste mesmo ano, estreia na literatura com o livro de características parnasianas “XIV Alexandrinos”.

Já formado, exerce a medicina na cidade de Maceió, e também atua em cargos políticos e como professor. Jorge de Lima destacou-se também nas artes plásticas, mas é na literatura que é reconhecido como o “Príncipe dos poetas” através de um concurso literário promovido por um jornal de Maceió, chamado Correio da Tarde.

Muda-se definitivamente para o Rio de Janeiro por motivo de um atentado sofrido na porta do Liceu Alagoano, em 1931. No Rio, trabalhou no Ministério da Educação (MEC) e recebeu premiações, foi professor de Literatura na Universidade do Brasil e vereador da Câmara.

Após seu primeiro livro, o autor aproxima-se mais da estética de sua época, o Modernismo. Em contato com outros autores regionalistas da época, inicia a produção de poemas em versos brancos e livres em contraposição à rigorosidade estética do Parnasianismo.

O contexto regionalista voltado à região do nordeste passa a ser tema das obras do escritor. Não só pela posição geográfica deste local, mas pelos problemas advindos deste fato, refletidos na paisagem e na figura das personagens.

Logo após essa fase regionalista, Jorge de Lima volta-se à poesia cristã e, juntamente com Murilo Mendes, escreve um livro cujo lema era a restauração da poesia em Cristo, chamado Tempo e eternidade. Além deste, há outros com a mesma temática: Túnica inconsútil e Anunciação e encontro de Mira-Celi.

”Chico de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia” estreia na Bienal

Em sua obra Livro de sonetos retoma as rimas e métricas em alternância com os versos livres e brancos e mostra novamente sua vertente social com a temática do nordestino e do negro, esta última muito bem retratada em seu famoso poema “Essa negra Fulô”.

Outra obra que merece destaque é “A Invenção de Orpheu”, a qual se distingue pela mesclagem entre métrica e versos brancos.

O livro “Poemas negros”, de 1947, com ilustração de Lasar Segall, reúne dezesseis poemas de Jorge de Lima, já editados em livros anteriores e 23 novos poemas, apresentados através de Deuses africanos, uma espécie de história do Negro no Brasil, completando 70 anos em 2017. Companhia de Teatro e produzidos pela Patacuri – Cultura e Formação AfroAmérindia.

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