Monitores selecionados via edital atuam em três frentes, como escolar, programação e produção
Fabiana Barros – jornalista com fotos de Renner Boldrino
A concretização de um evento do porte da Bienal requer uma preparação que inicia com meses de antecedência. O planejamento é a palavra chave e é necessário durante todo o processo. Uma quantidade expressiva de pessoas trabalha, inclusive nos bastidores, para receber os milhares de visitantes do maior evento literário e cultural de Alagoas. É uma verdadeira engrenagem e todos com a sua devida importância para o sucesso do evento. Somente da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), são 92 estudantes e do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), outros 13 alunos.
Conforme informações do produtor cultural da Bienal e da Ufal, Samy Dantas, os estudantes atuam prioritariamente em três frentes: escolar, com receptivo e acolhimento das escolas visitantes; programação, com suporte para os palestrantes, oficineiros e produção, atuação voltada para logística e demandas que surgem.
Para tanto, os estudantes da Ufal passaram por treinamento em dois momentos: o primeiro, uma reunião para informações gerais, orientações, dúvidas; já o segundo, se voltou a uma visita ao Centro de Convenções para que eles conhecessem toda a estrutura. Já os alunos do Ifal estão voltados ao receptivo de convidados externos no que se refere ao traslado do hotel ao evento e o retorno ao hotel.
Os alunos recebem um certificado de participação como monitor. “O certificado simboliza o aprendizado e as experiências vivenciadas durante o evento”, comentou Samy. Vale ressaltar o cuidado da organização do evento em direcionar alunos do curso Letras-Libras para a Central de Informações para oferecer o suporte para os visitantes surdos. Além de informar, a Central também recebe sugestões, críticas e elogios.
Experiência
Cerca de 600 candidatos participaram do edital lançado pelas Pró-reitorias de Extensão (Proex) e Estudantil (Proest) da Ufal para atuarem na 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas por seis horas diárias, no contraturno do curso, durante os 10 dias do evento.
Os universitários são de cursos distintos e recebem uma ajuda de custo no valor de R$ 450 para alimentação e transporte. Para Yasmin Costa, aluna do 2º período de Letras/Libras, a experiência está sendo muito positiva. “Sempre chega surdos aqui querendo informação. É raro ter pessoas que os acompanhem e sejam intérpretes de libras. Então, está sendo muito bom para a gente aprender”, afirmou.
Aluno do 10º período de Administração, Eduardo Lins, é monitor da Bienal pela terceira vez. Ele atua recebendo as escolas, fazendo o credenciamento e direcionando para as atividades do horário. Além de informações sobre todas as atividades para que o grupo possa escolher e transitar pelo espaço. “Cada Bienal é uma experiência. Essa tem muito mais atrações e a interação com os alunos do Ifal também está sendo muito boa”, comentou.