Paulo Rebêlo participou da seleção para lançamentos independentes em Maceió e já divulga entre os amigos o acolhimento e qualidade do evento
Mariana Lima – jornalista com fotos de Renner Boldrino
Paulo Rebêlo não lembra exatamente onde viu a propaganda da 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, mas ficou interessado em dois itens: o evento era gratuito e estava com inscrições abertas para autores independentes lançarem suas obras na Praça de Autógrafos. Morando em Recife, ele não teria muitos problemas para vir à Maceió. Decidiu arriscar. E foi assim que ele aportou no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso em plena Bienal para lançar seu novíssimo “Pense Gordo” e as suas muitas histórias com decisões erradas sobre comida.
Nascido no Pará e morando entre Brasília e Recife, onde trabalha com tecnologia e comunicação, sem conhecer ninguém em Maceió – conhecia a cidade de visitas rápidas – Paulo usou do bom humor e curiosidade alheias para fisgar leitores na Bienal. Deu certo, pois quem não parava na frente daquela capa com uma frigideira e ovo, ainda mais com o subtítulo “memórias de um idiota gastronômico”?
“Todo mundo acha engraçado o título. Aí quando abrem o livro, o índice é um cardápio. É a tal cabeça de gordo, a gente está sempre pensando em comida. Mas a comida aqui é apenas uma parte da história, que é quase uma biografia. Resgatei memórias desde a época de criança lá no Pará, passando por todas as cidades onde eu morei, países que visitei a trabalho, cenas em que a comida esteve em foco, mas relacionando isso a situações de trabalho, às pessoas que conhecemos, aos amigos que vão embora, coisas que todo mundo vive, por isso muitas pessoas se identificam com isso”, apresentou o autor.
“Pense Gordo” está sendo publicado pela editora Paradoxum e saiu da gráfica há apenas um mês, fazendo da Bienal em Maceió uma das suas primeiras paradas. Também pode ser adquirido pelo site da editora ou como e-book na Amazon, por apenas R$ 9,99.
“Todo autor quer levar seu livro para tantos lugares quanto for possível, então como a cidade era perto, a organização abriu essa oportunidade para autores independentes e o evento é gratuito, arrisquei e vim mostrar meu livro a vocês, fazer um lançamento aqui”, comentou Rebêlo.
E o que ele achou da Bienal do Livro de Alagoas? “Achei a proposta muito legal, com uma boa estrutura e bastante diferente de outros eventos que fui, como no Rio de Janeiro e em São Paulo. No Recife, temos Bienal também, mas em nenhum desses lugares ela é gratuita como a que vocês organizaram. Cheguei no domingo, passeei pela cidade e pelo evento, expus dois dias e achei uma experiência muito boa”, revelou.
A experiência foi tão boa que ele já compartilhou com outros colegas de Recife e recomendou: “Já recomendei a todo mundo que eu conheço, inclusive em Recife! Pretendo voltar no futuro, sim, sem dúvida, e venho com livro novo, porque temos um título saindo ano que vem e na próxima Bienal espero poder apresentá-lo aqui”, arrematou Paulo Rebêlo.
Sobre a Bienal
A 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é gratuita, aberta ao público das 10h às 22h, e segue até o domingo (20) no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Jaraguá. Todas as informações sobre a Bienal estão disponíveis no site e também nas redes sociais: @bienaldealagoas no Threads, Instagram e no Facebook. As fotos oficiais do evento podem ser vistas pelo perfil da Ufal do Flickr.