Obra propõe debate a partir da abordagem histórica de crimes no país e seus impactos na sociedade
Iara Melo – jornalista com fotos de Mitchel Leonardo
Em mais uma sequência de lançamentos de livros a Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal) lançou na tarde do último sábado (19) mais uma obra. Dessa vez, assinada pelo professor de Gian Carlo de Melo, Os Crimes e a história do Brasil – Abordagens Possíveis, o livro colaborativo reúne dez artigos de diversos autores, estudiosos de diferentes regiões do país. O lançamento, inclusive, coincidiu com o Dia do Historiador, criando ambiente especial no evento.
O momento contou com uma mesa formada por Eliane Pimentel, diretora da Faculdade de Direito de Alagoas e Hugo Leonardo Santos, professor de Direito Penal e Criminologia na Ufal, além de Gian Carlo. “A nossa intenção era percorrer o Brasil através dos crimes, por mais que seja uma história triste falar de crimes, é muito importante a gente entender o processo para evita-los no futuro”, afirmou o professor.
A característica da segunda edição desta obra é sua ampla abordagem histórica dos crimes que ocorreram desde o período colonial até os dias atuais. Os capítulos exploram uma variedade de tópicos, incluindo crimes de homofobia, violência contra a família e infanticídio. Os autores mergulham em várias regiões do Brasil buscando semelhanças e diferenças nos crimes ocorridos em diversos lugares.
De acordo com o professor Hugo Leonardo, este livro representa muito bem a riqueza e pluralidade da história social do crime e da história da criminalidade em geral. “O crime não pode estar sendo visto ou pensado somente a partir da legislação, a história talvez seja o instrumento perfeito para compreender o crime como um todo”, complementou o professor.
O evento proporcionou ainda uma oportunidade única para os entusiastas da história, acadêmicos e leitores em geral para explorar o passado do Brasil por meio de uma visão única, enriquecendo o entendimento dos crimes históricos e seu impacto duradouro na sociedade brasileira.
Segundo a diretora da Faculdade de Direito de Alagoas (FDA), Eliane Pimentel, o livro permanece atual e é um grande presente para a comunidade acadêmica e para a sociedade como um todo. “Estamos diante de uma obra que é uma verdadeira contribuição para entender as dinâmicas da violência do nosso país”, declarou a docente.