Obras foram lançadas na última quinta-feira (17) e trazem diferentes temáticas de pesquisadores da Academia
Janaina Farias – jornalista
A Academia Alagoana de Educação (Acale) vem fortalecendo ainda mais a sua história com produção, estudos e pesquisas em prol da educação, e a prova disso é o lançamento de quatro livros, durante a programação da Bienal de Alagoas. As obras trazem diferentes temáticas e são frutos de pesquisas e produções da Academia.
A programação foi bastante concorrida durante todo o dia. Com o estande localizado em frente à árvore de cordel, situada na praça de autógrafos, a Acale iniciou às 10h o lançamento do primeiro livro Escatologia 1: Escatologia numa perspectiva eminentemente cristã, escrito pelo acadêmico Everaldo Rodrigues.
Na faixa vespertina, às 14h, foi a vez do livro Lúcio Cardoso: paixão e morte na literatura brasileira, de Enaura Quixabeira. Em seguida, às 15h, ocorreu o lançamento do livro Resgatando a Cortina do $ilêncio, organizado por seis autores: José Geraldo Marques, Abel Galindo, Cláudio Vieira, Edson Bezerra, Elias Fragoso e Isadora Padilha. A obra trata da questão do afundamento do solo ocasionado pela empresa Braskem e os autores enfatizaram o sucesso nas vendas.
Segundo Isadora, cada um dos autores se dedicou com sua área de conhecimento, entre a arquitetura urbanista, economia, sociologia, advocacia, engenharia e geologia. “São olhares múltiplos sobre a questão e ao mesmo tempo é uma obra independente. Ela está sendo relançada aqui e cada autor responde pelo seu ponto de vista”, disse ela.
A obra aborda os 50 anos de exploração da empresa mineradora Salgema/Braskem e faz um panorama como tudo aconteceu. Segundo Isadora, a primeira metade do livro é explicativo e a outra metade é propositiva. “A ideia é estabelecer um debate e, ao mesmo tempo, promover fontes de informação de qualidade e de credibilidade”, afirmou a pesquisadora.
O organizador do livro, José Elias, afirmou que o tema ainda é muito atual e polêmico. “Pela primeira vez, se fez uma análise crítica, aprofundada das questões que estão em torno deste problema. E o impacto disso foi enorme”, disse, ao completar: “Não poderíamos ficar de fora da Bienal. Precisávamos colocar essa temática aqui, queremos também alcançar o grande público”, disse.
A presidente da Acale, Ana Dayse Dorea, reforçou a importância de o órgão ter programação na Bienal. “A Academia foi criada há cinco anos e já temos várias produções, temos história. É uma alegria imensa participar da Bienal. Penso na força da Universidade em produzir um evento tão grande como esse. Já tivemos momento muito difíceis, com recursos retirados, falta de investimento. Tenho orgulho de ter organizado e participado da primeira Bienal”, recordou.
Ana Dayse parabenizou o reitor, Josealdo Tonholo, a coordenadora-geral da Bienal, Sheila Maluf e todos os envolvidos nessa produção. E ela falou, ainda, sobre a felicidade em ver as crianças no evento e recordou o vale-livro. “A Bienal está cheia, belíssima. Fico feliz quando eu vejo as escolas aqui circulando, o vale-livro funcionando, as crianças chegando e comprando livros. É um dia de muita felicidade”, destacou.
A programação da Acale na quinta-feira prosseguiu com a mesa-redonda mediada pela reitora honorária da Ufal, Delza Gitaí, abordando o tema Raízes do Povo Alagoano. O lançamento do livro 91 O Salmo da Proteção, do acadêmico Gabriel Soares encerrou o evento.
Sobre a Acale
A Academia Alagoana de Educação (Acale) é uma associação cultural sem fins lucrativos ou econômicos constituída por 40 cadeiras ocupadas por membros titulares, tendo, cada uma delas, um patrono que tenha sido educador, professor ou estudioso de fatos e problemas da educação no estado de Alagoas.
A Acale tem por finalidade os estudos e pesquisas, definição e interpretação dos fatos, fenômenos e problemas da educação e ensino, sendo, de sua competência como órgão de cooperação cultural, consultas, incentivos e promoções no campo educacional, com a finalidade de estudar, pesquisar, definir e interpretar fatos, fenômenos e problemas no âmbito da educação.