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Bagaço traz mais de 200 títulos infantis e jogos pedagógicos para a Bienal

Pernambucana, a editora vem realizando constantes lançamentos de obras nordestinas

Jamerson Soares – jornalista com fotos de Renner Boldrino

Socorro Miranda, autora de livros infantis (Foto: Renner Boldrino)

Com mais de 200 títulos em seu acervo na 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, a editora Bagaço, de Palmares (PE), vem realizando um trabalho de constante publicação de obras nordestinas e tem contribuído para o compartilhamento de assuntos referente ao resgate à infância, às brincadeiras tradicionais.

Na última segunda-feira (14), houve um lançamento de livro infantil da autora Socorro Miranda, dentista aposentada e escritora há 29 anos. Junto com ilustrações de Diego Santos, o livro “A Galinha Carijó” retrata a história do galinheiro de um senhor chamado Biu, onde as galinhas não estão conseguindo mais chocar ovos. O livro tem um texto divertido e sensível, e apresenta às crianças que a constituição familiar pode existir de várias maneiras diferentes.

“Sempre que tem feira a editora me convida para vir e fazer lançamentos, como também dar apoio ao estande. Sou quase da família. Esta é a segunda vez que venho e está sendo muito satisfatório, está atendendo as expectativas. As vendagens estão muito boas”, contou a autora.

Essas e outras obras podem ser encontradas no estande da editora. Além disso, o visitante também vai se encantar com alguns jogos pedagógicos, dinâmicas e materiais didáticos que estão disponíveis e à venda.

Para Dorinha Afonso, representante da editora e irmã de um dos fundadores, Arnaldo Afonso, é muito gratificante estar na Bienal. “Participamos desde a primeira Bienal. Sempre firmamos parceria com a Ufal e é mutio gratificante ver o quando ela cresceu. É uma Bienal muito maior agora. Acompanhar essa evolução é muito gratificante”, declarou.

Representante da editora Bagaço, Dorinha Afonso (Foto: Renner Boldrino)

Bagaço

Ainda segundo Dorinha, a editora surgiu em 1988, na Zona da Mata de Pernambuco, em Palmares, por meio de um grupo de amigos de literatura. Esse mesmo grupo sentia a necessidade de publicar livros, mas na época era tudo muito difícil. Um dos fundadores é o irmão de Dorinha, junto com sua esposa, que também era escritora. O primeiro livro publicado da editora foi de Elita Ferreira, uma das participantes do coletivo.

“A editora era um movimento cultural na cidade, apesar deles morarem em recife, fizeram em Palmares, junto com amigos. A gente fazia esses encontros. Após cinco anos do surgimento, entrei no grupo. Hoje, a gente publica livros mais na linha infantil”, contou.

Um fato interessante sobre a empresa é que o termo “bagaço” foi colocado na editora porque teve como inspiração o bagaço da cana, bem como também tem relação com o material utilizado para fazer o papel, a celulose.

Programação continua

Nesta terça-feira (15), das 19h às 21h, o poeta e compositor paraibano Jessier Quirino estará presente na Bienal recitando seus causos e narrativas no Teatro Gustavo Leite. Com um jeito teatral e cômico, o poeta fala sobre as memórias do cotidiano, da sua infância, das pessoas com quem já trocou conversas, exalando sempre um tom piadista no palco.

Editora Bagaço traz mais de 200 títulos infantis e jogos pedagógicos para a Bienal (Foto: Renner Boldrino)

A 10ª Bienal Internacional do Livro segue até o dia 20 de agosto, sempre das 10h às 22h, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso. A entrada é franca. Para conhecer com antecedência a programação completa, visite o site do evento e siga-nos nas redes sociais: @bienaldealagoas. Estamos no Threads, no Instagram e no Facebook. As fotos oficiais do evento podem ser vistas no Flickr.

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