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Editora traz o afrofuturismo à Bienal do Livro na terra de Palmares

Com livros e quadrinhos para todos os públicos, estande da Kitembo chama atenção de quem passa pelos corredores do Centro de Convenções

Mariana Lima – jornalista com fotos de Renner Boldrino

A relações públicas Geanne Cardoso chegou logo cedo à 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas neste domingo (13), para poder conferir com calma a diversidade de obras trazidas pelos expositores. Até que o estande 9, da Editora Kitembo, chamou sua atenção e ela caminhou reto para conferir que histórias aqueles livros sobre afrofuturismo contavam.

Israel Neto, autor e responsável pelo estande da Editora Kitembo

Segundo o autor e responsável pela Editora Kitembo, Israel Neto, é justamente assim que a maioria do público chega ao estande: movido pela curiosidade e pela identificação de uma mesa com tantos personagens negros nas capas.

Daí começa a apresentação das obras e do afrofuturismo, um conceito estético que vai além da literatura – passa pela arte, cinema, música, moda e muito mais – e mistura ficção científica, ancestralidade, tecnologia e cenários pensados a partir da visão negra africana. E o próprio nome da editora dialoga com essa conexão: Kitembro é um Nkissi (divindade) do panteão angolano responsável pelo tempo.

Geanne Cardoso no estande da Editora Kitembo

Apesar de familiarizada com o conceito, obras futuristas não estão entre as favoritas de Geanne Cardoso, o que não a impediu de comprar um livro – “Ubuntu 2048” uma história Cyber Punk embebida na filosofia Zulu – e arrastar as amigas que chegaram depois na Bienal para visitarem o estande da editora.

“Eu cheguei aqui na curiosidade de ver um estande afro, fui conversar com o pessoal e gostei muito da proposta deles. Em geral, as distopias criam problemas para tratar nas obras e aí eu não tenho muito interesse, mas o legal do afrofuturismo é que trata de problemas sociais reais, que você consegue ter mais identificação com a história”, relatou Geanne.

Reação do público

Editora Kitembo chama atenção dos visitantes da Bienal

Pela primeira vez na Bienal de Alagoas, a editora de São Paulo quer conversar ao máximo com os visitantes, apresentando o afrofuturismo e daí, as histórias de autores negros de diversos lugares do país para quem quiser ler. A proposta é que pais levem os livros para os filhos adolescentes possam se ver naqueles quadrinhos e as pessoas que não são negras possam pegar essas obras e aumentar o seu repertório.

“É literatura para todos, todes e todas. Tem sido interessante a troca que estamos fazendo com o público, de falar sobre nossas obras e a história de Alagoas, sobre autores negros locais, a sociedade local. Alagoas é uma terra rica, mobilizou Portugal inteiro com o Quilombo dos Palmares, deu medo em Portugal do que poderia ser o futuro”, declara o autor.

Mais informações sobre a editora podem ser encontradas no site ou nas redes sociais pelo endereço: @kitembo_literatura.

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