Visitantes participaram de sessão de autógrafos com a autora Adriana Capretz
Iara Melo – jornalista com fotos de Renner Boldrino
A noite deste sábado (12) foi marcada pelo lançamento do “Calendário Cultural Permanente”, uma obra que celebra o patrimônio de Alagoas, idealizado por Adriana Capretz, professora do curso de Arquitetura da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), criadora e coordenadora do projeto Tatipirun Educacional.
A 10ª edição da Bienal Internacional do Livro de Alagoas destaca não apenas a riqueza literária, mas também a iniciativa inovadora da professora Capretz, voltada para a preservação e a valorização das referências culturais regionais. Dentre os diversos personagens presentes no Calendário Permanente, cada um representa um aspecto singular do folclore alagoano.
Ao todo são 26 personagens, desde Guerreirinho, o Guerreiro, até La Ursa, o urso de carnaval, passando por personagens literários e personalidades que marcaram a história, como Raimundo, da obra “Terra dos Meninos Pelados”, de Graciliano Ramos, e Aurélio Buarque de Holanda. Essa variedade de figuras ressalta a diversidade cultural e a complexidade da herança local.
A motivação para essa criação foi justamente a inexistência de materiais didáticos sobre a cultura alagoana para crianças. “Temos muitos autores importantes, mas materiais didáticos sobre cultura alagoana não temos. Esse trabalho é o resultado da junção de atividades como pesquisa histórica, pesquisa de patrimônio, design e arquitetura”, comentou Adriana Capretz.
O calendário está à venda no estande da Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos, no valor de R$ 30,00, mas existem mais de 20 livros com acesso gratuito por meio do perfil oficial do projeto: @tatipirun.educacional.
Sobre o projeto
O grupo de pesquisa foi fundado em 2010 e um banco de desenhos, fotografias, maquetes eletrônicas, dados históricos, técnicos e artísticos de edificações marcantes para o patrimônio histórico do estado de Alagoas. Tudo isso está disponibilizado no portal Arquitetura Alagoana.
O fomento da consciência sobre a importância da preservação do patrimônio histórico e cultural proporciona uma conexão viva entre as gerações. Para Alana Karina, professora da rede estadual, Alagoas nunca vai conseguir agradecer o trabalho que Adriana Capretz faz: “Eu uso esse material em sala de aula e também os apresentei aos meus três filhos. Somos apaixonados pelo trabalho dela. Ela mostra Alagoas de uma forma didática e cuidadosa”, afirmou Alana.
O legado que está sendo construído nas páginas desse calendário e nos corações da comunidade certamente deixará uma marca inesquecível na história da região e na consciência cultural de todos os alagoanos.
Sobre a Bienal
A 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas segue até o dia 20 de agosto, sempre das 10h às 22h, no Centro Cultural de Convenções Ruth Cardoso. Não deixe de acompanhar as novidades do evento no site e também pelas redes sociais: @bienaldealagoas no Threads, Instagram e no Facebook. As fotos oficiais do evento podem ser vistas pelo perfil da Ufal do Flickr.