Obra reúne experiências de Anivaldo de Miranda Pinto em seus dez anos como presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco
Mariana Lima – jornalista com fotos de Renner Boldrino
Entre as obras lançadas nesta terça-feira (15) no Café Literário da Edufal na 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, uma chama particular atenção no momento em que todo o planeta debate os impactos das mudanças climáticas. “Lições do Velho Chico” é uma coletânea de artigos, editoriais e outros textos publicados nos dez anos em que o autor Anivaldo de Miranda Pinto foi presidente da Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).
Na obra, o jornalista e escritor trata de questões pontuais que, por acontecerem na bacia de um rio tão emblemático quanto o São Francisco, servem de parâmetro para amadurecer conclusões que válidas para a política de águas do Brasil inteiro.
Enquanto presidente do CBHSF, Anivaldo participou ativamente dos desafios, avanços e retrocessos que caracterizam um comitê enquanto um instrumento da política pública do Brasil. “Me sinto gratificado em oferecer um roteiro de debate, pois este livro também tem um caráter de registro para o futuro no sentido de se avaliar o quanto o Brasil avançou ou regrediu no cuidado das suas águas”, pontuou.
Lançar “Lições do Velho Chico” pela Editora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e em plena Bienal do Livro é entendido pelo autor como uma possibilidade rica de que pesquisadores e tomadores de decisão possam ter acesso a um conhecimento chancelado pela experiência cotidiana da gestão dos recursos hídricos brasileiros.
“É uma grande felicidade para mim, pois considero a academia, principalmente a Universidade Federal de Alagoas, o grande repositório do pensamento em um estado pequeno como o nosso, com todas as suas dificuldades. Lançar aqui é, de fato, imaginar que se possa voltar a revalorizar a atividade do pensamento livre. Cada contribuição feita nesse sentido é fundamental”, refletiu Anivaldo Miranda.
Outros lançamentos
Os demais livros lançados na noite da terça-feira foram:
“Políticas de subjetivação e cotidiano: trajetórias de pesquisas de Lázaro Batista”, organizado por Saulo Luders;
“Escritos e subjetividades”, de Fernando Monegalha e Taynam Bueno (Org.)
“Organizações da sociedade civil e (co)produção de políticas: experiências e Possibilidades”, de Lorena Monteiro e Joana Vaz de Moura (Org.)
“Temas de crítica ao Direito – volume 2”, de Adriano Nascimento, Antonio Ugá Neto, Renato Santiago (Org.)
“Cultura e educação nas Alagoas 7ª edição”, de Élcio Verçosa.