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Marca alagoana Pridee levanta a bandeira da diversidade na Bienal

Idealizada pelo empresário Rodolfo Peres, loja é a primeira do gênero a participar de um evento deste porte no estado

Sandra Peixoto – jornalista com fotos de Mitchel Leonardo

Marca alagoana Pridee levanta a bandeira da diversidade na Bienal (Foto: Mitchel Leonardo)

Com a leveza de quem se encontrou em si e transformou um momento de insatisfação profissional em oportunidade não apenas de negócios, mas de dar voz à diversidade, o empresário Rodolfo Peres idealizou a Pridee, primeira marca alagoana reconhecidamente voltada à temática LGBTQIAPN+. E o pioneirismo não para por aí: a loja está com estande na 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, sendo a primeira do gênero a participar de um evento deste porte no estado.

Com produtos como camisetas, ecobags e acessórios pets, a Pridee vai construindo sua história ao mesmo tempo em que acolhe outras. “Cada vez que a gente recebe um cliente, é uma história nova que a gente encontra. Eu recebo muitas mães falando sobre seus filhos, eu recebo filhos falando sobre seus pais. Então é algo que deixa a gente com o coração bem aquecido. São histórias que deixam a gente, inclusive, animado a continuar”, observou Rodolfo, com a calma de quem sabe que seu negócio promove acolhimento.

Afinal, seus produtos não são consumidos apenas pelo público LGBTQIAPN+, mas, cada vez mais, vem sendo abraçado pela sociedade. “Tem famílias que compram para presentear amigos, filhos, primos e sobrinhos”, complementou o empresário.

Ausência de mercado LGBTQIAPN+ na cidade

O empresário Rodolfo Peres (Foto: Mitchel Leonardo)

A percepção de mercado veio com a necessidade do próprio Rodolfo diante da dificuldade de encontrar, em Maceió, uma bandeira LGBTQIAPN+. “E aí, através disso, pensei: por que não a gente trazer uma loja com essa temática? Eu não sei se existiam, pelo menos elas não tinham visibilidades”, contou o empresário, que, na época, já trabalhava com confecção de fardamentos, mas sentia que faltava algo mais.

Se as primeiras participações em feiras foram acompanhadas de desconfiança, hoje a Pridee é convidada para eventos em não só em Alagoas, como também em outros estados do país. “Inclusive outras marcas também com a proposta LGBT começaram a entrar depois que a gente começou. Então eu entendi que através disso a gente consegue impactar outras marcas que recebiam esse mesmo preconceito que a gente recebeu no início”, avaliou Rodolfo.

Cesar Vitor celebra a Pridee na Bienal do Livro

Representatividade e respeito

Passeando entre os corredores da 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, César Vitor, de 19 anos, conheceu a Pridee. “A representatividade é muito importante porque a gente tem que ocupar o máximo de lugares possíveis. E estar num evento como esse de literatura, de cultura, de aprendizado e a gente trazer a nossa cultura, expressar quem a gente é e ter essa liberdade é muito significativo”, celebrou.

Além da representação, o respeito à diversidade também se faz presente ao evento. No Dia dos Pais e em companhia da filha Cecília, de 7 anos, Cleonildo Feitosa visitou o estande e falou sobre a importância do respeito e da inclusão.

“Eu acho que o respeito ao ser humano deve ser amplo, sempre, porque todos são merecedores da dignidade e do respeito do próximo. É importante, sim, que a gente possa ter a inclusão de pessoas LGBTQIAPN+, pessoas com deficiências e todas as outras pessoas que, infelizmente, nesse mundo, estão sempre sendo excluídas, como os negros como eu. Esse espaço deve ser sempre aberto para todos em todas as oportunidades, em todos os grandes eventos”, afirmou.

A Bienal do Livro de Alagoas tem entrada franca e segue até domingo, dia 20. Confira as novidades do evento no site e também pelas redes sociais: @bienaldealagoas no ThreadsInstagram e no Facebook. As fotos oficiais do evento podem ser vistas pelo perfil do Flickr.

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