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“Os Fantoches Ganham Vida na Fábrica de Bonecos” encantam público da Bienal

Diogo Santos, aluno da Ufal e criador do projeto, foi um dos contadores de histórias que lançaram sementes a futuros leitores

Sandra Peixoto – jornalista com fotos de Ascom Semed

“Os Fantoches Ganham Vida na Fábrica de Bonecos” encantam público da Bienal

Em tempos em que as telas de aparelhos tecnológicos saltam aos olhos infantis, a contação de história, mais do que nunca, é um aliado para aproximar as crianças do universo dos livros. E como estimular o gosto pela leitura é um dos objetivos da Bienal, que acontece até domingo (20), diariamente são disponibilizadas contações de história ao público infanto-juvenil.

Seja na programação oficial do evento ou nos estandes de parceiros ou editoras do segmento, crianças e jovens se encantam com personagens que vão de heróis a princesas, tendo opções para todos os estilos e lições que podem acompanhar por toda a vida. E quando esse processo envolve elementos lúdicos e coloridos, mais a imaginação é aguçada.

Um dos contadores de histórias que lançou sementes aos futuros leitores foi Diogo Santos, estudante de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e criador do projeto Os Fantoches Ganham Vida na Fábrica de Bonecos. Surgido em 2010 a partir de um edital do Ministério da Cidadania, juntamente com o Ministério da Cultura, o projeto que nasceu com o objetivo de ajudar a diminuir os índices de violências deu tão certo que, mesmo ao final do edital, seguiu com seu propósito.

“Como sou morador do Benedito Bentes, fui contemplado com o edital para desenvolver esse projeto na comunidade. Depois que o desenvolvemos, eu dei continuidade. O objetivo é disseminar a arte do bonequeiro e da manipulação de fantoches através da realização de oficinas e de confecção de bonecos, entre outras técnicas”, enfatizou o estudante.

De acordo com Diogo, o trabalho com fantoches pode ser realizado com pessoas de diferentes idades, já que o processo criativo vai da inspiração e do público a ser alcançado. “No caso da Bienal, como era um público infantil, o foco foi a contação de histórias para passar a mensagem por trás das narrações, não sendo só entretenimento. Isso vai variando com a história que a gente conta e com o que a gente quer que as crianças entendam a partir dessa história”, explicou.

Por isso, há todo um cuidado com a linguagem e a forma como os contadores irão se comunicar com os pequenos. E, com anos de experiência, Diogo diz que as crianças se encantam com a mistura de bonecos e musicalidade e, de forma meio automática, vão se identificando com os personagens e tentando descobrir quais outros surgirão ao longo da história contada.

Inserindo os pequenos no contexto da história

Para que a experiência se torne ainda mais enriquecedora com a participação das crianças, perguntas relacionadas ao tema abordado são feitas, fazendo com que, ao interagirem, os pequeninos se sintam dentro da história.

“A contação de histórias levada para a Bienal aproxima mais esse universo da leitura com as crianças, porque fica uma forma mais dinâmica de a criança a entender que a história não é só aquela que está no livro ou só aquilo que a gente pode contar, mas sim uma coisa que precisa ser realmente palpável e que, a partir do livro em si, a gente pode usar a nossa imaginação”, asseverou Diogo.

Para ele, esse é um processo importante, principalmente nesse período de ascensão tecnológica e invenções que acabam nos distanciam um pouco da prática da leitura. “Fazer uma leitura no computador, no Kindle, no tablet ou até no próprio celular é muito diferente de você pegar aquele livro e começar a folhear”, arrematou.

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