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“Wa Jeun: Sabores Ancestrais Afro-indígenas”: Mãe Neide lança livro

Livro foi publicado pela Imprensa Oficial em parceria com a Secretaria de Estado da Comunicação

Ascom Bienal com Myllena Diniz – Ascom Imprensa

Mãe Neide pretende consagrar receitas tradicionais de povos pretos e indígenas de Alagoas (Foto: Fabiana Santos)

Um verdadeiro cortejo afro durante a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, para a passagem da chef Mãe Neide Oyá d’Oxum, autora de Wa Jeun: Sabores Ancestrais Afro-indígenas, publicado pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos, em parceria com a Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) e lançado durante a Bienal. A obra, que compõe a coleção Mulheres Extraordinárias, é fruto do maior investimento do governo de Alagoas em livros de autoria feminina.

Com esta obra de caráter gastronômico, étnico e cultural, a ativista e premiada chef Mãe Neide pretende consagrar receitas tradicionais de povos pretos e indígenas de Alagoas, transmitindo conhecimento sobre a culinária do sagrado dos orixás e de suas ancestralidades.

Mãe Neide pretende consagrar receitas tradicionais de povos pretos e indígenas de Alagoas (Foto: Fabiana Santos)

“Este livro é para contar a história. É para você se conhecer, se pertencer afrodescendente. Ele nasceu, na realidade, da resistência da mulher preta, das cozinheiras do sagrado, das yabassés dos terreiros, das mulheres quilombolas, das mulheres indígenas, que transformaram os nossos ingredientes em alimentos. Daquelas que, muitas vezes, de um ovo, faziam um banquete”, destacou.

Muito mais que um livro de receitas, Wa Jeun: Sabores Ancestrais Afro-indígenas, além de registrar a arte da premiada chef ialorixá, faz um importante resgate histórico, social e cultural. “Este livro, que hoje o meu estado me presenteia com a edição, é a resistência do nosso povo. Está, aqui, um pouquinho da história do nosso povo. A palavra de hoje é fé, amor e gratidão. Agradeço ao governo do estado de Alagoas, que, ao publicar mulheres pretas quilombolas, está incentivando as pessoas a terem orgulho de ser da terra de Zumbi. Alagoas está se transformando, de fato e de direito, na terra da liberdade e da igualdade”, ressaltou Mãe Neide.

Sobre o livro

Ao longo de 130 páginas, os amantes da gastronomia têm acesso às mais diversas iguarias, entre saladas, pratos quentes, moquecas, farofas e receitas à base de frutos do mar e carnes, além de sobremesas e bebidas. O livro é acompanhado, ainda, de glossário e da explicação de termos ligados à cozinha do sagrado.

O diretor da Imprensa Oficial, Maurício Bugarim, ao lado de Mãe Neide (Foto: Fabiana Santos)

Na obra, também é possível conhecer a trajetória de vida da autora ialorixá, mestra do Patrimônio Vivo do estado de Alagoas, reconhecida também pela sua liderança religiosa e pelo seu trabalho assistencial. Mãe Neide brilha na gastronomia, na militância da causa negra e na defesa das religiões de matriz africana, tornando-se a única alagoana a ganhar o Prêmio Nacional Dólmã, considerado o “Oscar da gastronomia brasileira”, em 2018, com a releitura do prato da avó, servido para o povo quilombola.

De acordo com o diretor da Imprensa Oficial, Maurício Bugarim, a publicação do livro representa o compromisso do governo de Alagoas com o resgate da memória alagoana e o respeito à diversidade. “O governo do estado tem a missão de garantir a pluralidade do nosso povo, nas suas mais diferentes formas de expressão. Neste livro de receitas, há um resgate das tradições negras e indígenas que, historicamente, foram silenciadas”, salientou.

Wa Jeun: Sabores Ancestrais Afro-indígenas tem fotografia assinada por Rui Nagae, coordenação editorial de Patrycia Monteiro e projeto gráfico de Fernando Rizzotto. A obra encontra-se disponível nas lojas física e virtual da Imprensa Oficial Graciliano Ramos.

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