Bienal terá 11º Encontro de Pesquisa em Educação em Alagoas
Evento acontecerá entre os dias 5 e 7 de novembro com programação no evento e também no Campus A.C. Simões, em Maceió
Deriky Pereira - jornalista
A programação da 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas recebe, nesta edição, o Encontro de Pesquisa em Educação em Alagoas, que acontecerá com programação mista entre os dias 5 e 7 de novembro, tanto na Bienal como no Campus A.C. Simões, em Maceió. Neste ano, o evento tem como tema Educação, Pesquisa e Compromisso Social e visa promover não apenas uma provocação teórica, é um chamado à ação. As inscrições já estão abertas, podendo ser feitas por meio deste link, e custam a partir de R$ 40,00.
"O Encontro de Pesquisa em Educação em Alagoas chega à sua 11ª edição, num momento em que a educação brasileira enfrenta desafios profundos: cortes de direitos, desmonte de políticas públicas, precarização do trabalho docente e tentativa de silenciar vozes e conhecimentos historicamente marginalizados. Diante disso, o evento se mostra como espaço de resistência, diálogo e produção de sentidos, reunindo profissionais da Educação Básica, estudantes de graduação e pós-graduação, docentes e pesquisadores de todas as regiões do país, num grande pacto coletivo pela educação pública, gratuita, laica e socialmente comprometida", explicou a Comissão Organizadora.
A programação se divide da seguinte forma: nos dias 5 e 7 de novembro, o Epeal acontecerá no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, integrando a programação da Bienal 2025; já no dia 6, o evento, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE), ocorre no Campus A.C. Simões, em Maceió e é realizado por docentes, discentes e egressos dos cursos de mestrado e doutorado.
Educação, Pesquisa e Compromisso Social
Para este ano, o tema do evento visa convocar os participantes a pensar o lugar da pesquisa acadêmica na luta por justiça social, nas instituições de Educação Infantil e Escolas de Ensino Fundamental e Médio, nas universidades, nas ruas e nos territórios de saber e vida. "Pensar esse compromisso exige coragem epistêmica e política, dessa forma, pergunta-se: como romper com as lógicas colonialistas, adultocêntricas, meritocráticas e neoliberais que continuam moldando a formação e a produção de conhecimento no Brasil?", questionam.
Por isso, o 11º Epeal também pretende celebrar os múltiplos saberes da educação, tais como os acadêmicos, os populares, os escolares, indigenas, quilombolas e ancestrais, por exemplo, a partir da valorização da diversidade epistemológica e da interdisciplinaridade. "O evento reúne contribuições dos campos da Pedagogia, Filosofia, Ciências Sociais, História, Psicologia, Letras, Artes, Comunicação, dentre outros, apostando em abordagens críticas que coloquem em diálogo teoria e prática, escola e comunidade, ciência e cultura", complementam os membros da organização.
Riqueza de debates
As discussões do 11º Epeal vão atingir uma ampla diversidade de temáticas: educação e linguagens (matemática, ciências, leitura e escrita, artes visuais, dentre outras); infâncias, juventudes, adultos, idosos e suas múltiplas experiências; formação docente; políticas públicas; Educação em Direitos Humanos; currículos; educação inclusiva; educação popular; tecnologias digitais; democracia; cultura e decolonialidade.
Ainda durante os três dias de programação, o evento vai abordar também os desafios enfrentados nas diferentes etapas da educação (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior), e em suas modalidades, como a Educação de Pessoas Jovens e Adultas (EPJA), a Educação Especial, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola, entre outras.
"Em tempos de neoliberalismo feroz, apagamentos históricos e negação de direitos, o Epeal se propõe como trincheira de criação e [re]existência. Um espaço para pensar a educação que queremos, com coragem, rigor e sensibilidade. Um território de encontro entre saberes acadêmicos, populares e ancestrais, onde diferentes vozes constroem, juntas, alternativas para uma sociedade mais justa, plural e democrática", conclui a equipe organizadora do evento.
Sobre a Bienal
A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.
Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.
Acompanhe as novidades da Bienal 2025 por meio do site oficial https://bienal.ufal.br/2025 e também pelas redes sociais com o perfil @bienaldealagoas no Instagram, Threads e Facebook.