Apresentação do Laboratório de Violino da Ufal encantou público
Grupo trouxe repertório variado e de metodologia bastante versátil, entenda conosco
Janaina Farias - jornalista / Adriano Arantos e Renner Boldrino - fotógrafos
O som do violino tomou conta da 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas emocionando a todos presentes. Em cortejo pelo Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro de Jaraguá, estudantes que fazem parte do Laboratório de Violino da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) desfilaram espalhando leveza, emoção e sensações por meio da música numa apresentação que reuniu músicos infanto-juvenis e adultos.
Segundo a professora de violino do curso de música de licenciatura da Ufal, Débora Borges, a ideia foi trazer para a Bienal um repertório variado baseado na metodologia Suzuki, conhecida por oferecer uma metodologia bastante versátil: “É muito gratificante trazer para a Bienal um tipo de música que normalmente é ouvida em salas de concerto. Poder trazer para um ambiente de feira literária mesmo onde a gente pode ter acesso às pessoas um pouco mais de pertinho é muito gratificante”, destacou Débora.
A apresentação foi pensada para dialogar com o público de todas as idades. De acordo com Yanara Faria, professora responsável pelo núcleo infanto-juvenil do Laboratório de Violino da Ufal, o momento foi bastante simbólico para os jovens músicos: “Eu digo que é ainda mais importante sair do espaço das aulas coletivas e mostrar o resultado de tanto esforço, porque estudar um instrumento exige muita dedicação. E eles estão muito empolgados de estar aqui, de poder mostrar esse estudo para uma plateia, para um público” afirmou a professora.
Ela explicou ainda que se apresentar em público ajuda no desenvolvimento social, no comportamental e na concentração e ressaltou o caráter comunicativo da música: “Ensinamos para os alunos desde cedo que a música também é uma comunicação, a gente consegue comunicar nossas emoções dependendo do jeito como se toca, e assim conseguimos transmitir diversas sensações para o público, como tristeza, alegria, sensibilidade, frio na barriga” destacou a professora ao completar que, às vezes, as pessoas podem sentir essas sensações também ao escutar.
Violinistas comentam apresentação
Entre as alunas participantes do núcleo infanto-juvenil, o sentimento foi de orgulho e emoção. Maria Flor Martins contou que tocar violino é uma forma de superar limites e desafios: “Não é fácil tocar violino, mas quando a gente consegue, se sente muito orgulhosa de si mesma. Você entende que você realmente aprendeu alguma coisa”, contou.
Já Íris Tavares definiu o momento como uma combinação perfeita entre música e cultura: “Eu acho que tocar hoje como encerramento da Bienal é como se fosse uma grande coincidência, porque o violino tem a ver com cultura e a Bienal também é uma grande cultura. Pra mim uma combinação perfeita”, disse ela.
Ivete Barbosa, que integra o núcleo adulto do Laboratório, revelou que a experiência também foi marcante. “É a minha primeira apresentação na Bienal. Dá um frio na barriga, mas é maravilhoso poder mostrar o nosso trabalho e ver o público conhecer mais o laboratório”, concluiu.
Sobre a Bienal
A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.
Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.
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