Edufal lança livros sobre a relação entre literatura, alimentos e a fome
Coletâneas também mergulham nas histórias em quadrinhos enquanto ferramenta didática-pedagógica
Roberto Amorim - jornalista / Adriano Arantos - fotógrafo
A tarde do sábado (1) foi marcada por mais lançamentos da Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal) que reuniu, no espaço Quilombo Literário, duas coletâneas que mergulham nas histórias em quadrinhos enquanto ferramenta didática-pedagógica e na relação da literatura e linguística com alimentos e a fome.
A apresentação das obras e autores foi feita pelo diretor da Edufal e curador da Bienal, Eraldo Ferraz, que ressaltou o recorde de 163 títulos com o selo da editora universitária durante os dez dias da 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. “Quero mais uma vez agradecer aos nossos pesquisadores pela confiança de nos confiar seus estudos e democratizar através de livros que, a partir de agora, estão à disposição de todas as pessoas”, disse ele.
O professor Amaro Braga, um dos organizadores do segundo volume da coletânea Quadro a Quadro: o que há por trás das narrativas gráficas, contou que o novo livro é resultado das descobertas e reflexões científicas do grupo de estudo que reúne alunos e professores de Comunicação Social, Linguística e Antropologia Social. Nele, os leitores irão encontrar metodologias e instrumentos de pesquisas.
“A coletânea mostra como transformar as histórias de quadrinhos em objeto de pesquisa científica e não apenas enxergar essas narrativas como entretenimento. Mostramos também como elas podem ser utilizadas como instrumento didático nas salas de aula em diversos níveis escolares”, disse Braga, que divide a organização da obra com os professores de Letras da Ufal, Jozefh Queiroz e Marcus Matias.
As narrativas artísticas também estão no cerne de outra coletânea de artigos científicos. O que come a literatura: reflexões sobre alimentos, memórias e narrativas foi organizada pelas professoras do programa de pós-graduação da Faculdade de Letras da Ufal, Susana Souto e Rosária Ribeiro. Segundo elas, a gênese da obra aconteceu durante uma disciplina e as temáticas foram aprofundadas e se expandiram para a relação entre a literatura, cinema, música, alimentos e a fome.
“É preciso refletir sobre a falta de alimentos também, que, infelizmente, continua sendo utilizada como instrumento de guerra, como vimos recentemente no Oriente Médio”, ressaltou Suzana Souto, durante o lançamento do livro que, em parceria com a jornalista e pesquisadora Elexsandra Morone, assina o capítulo 4, intitulado Alguns quadros da fome em vidas secas, de Graciliano Ramos.
Sobre a Bienal
A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.
Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.
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