Equipe de redes fez maratona para cobrir dez dias de evento
Redes sociais funcionaram como ferramenta para divulgar autores, artistas e o legado da Bienal 2025
Kamylla Lima - jornalista | Jônatas Medeiros - fotógrafo
Planejar, roteirizar, cobrir, editar, publicar e monitorar. Quem vê os vídeos e cards publicados nas redes sociais na 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas nem imagina que por trás de cada post e story existiu todo um caminho a ser percorrido. E esse caminho não foi curto: durante os dez dias de evento, entre 31 de outubro e 9 de novembro, a equipe formada por Isadora Ulisses, Thyeres Medeiros e Camila Barbosa cumpriu uma verdadeira maratona com com cobertura em tempo real que totalizou treze horas por dia.
Só que a cobertura começou muito antes: em outubro, antes de começar, somente o Instagram registrou 2,6 milhões de visualizações. Para dar conta dessa sede literária do público, no Centro de Convenções, a equipe de redes estava sempre com os celulares a postos, pronta para captar cada imagem, cada gesto, cada detalhe que pudesse contar a história do evento. O tema Brasil e África - ligados culturalmente em seus ritos e raízes facilitou todo o trabalho, segundo os profissionais.
Com a identidade visual criada pela publicitária da Assessoria de Comunicação (Ascom) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Camila Fialho, e o projeto arquitetônico desenvolvido por Mirna Porto, cada corredor da Bienal oferecia cores, texturas e ornamentações que transformavam qualquer imagem em um registro visual impactante. O trabalho de redes – realizado em tempo real com reels e stories – contou também com o apoio da equipe de design, que manteve a coerência visual do evento, garantindo que os conteúdos digitais refletissem a riqueza e a diversidade da Bienal.
A social media Isadora Ulisses lembrou que a preparação para o evento começou muito antes da abertura oficial. “O maior desafio é que a Bienal é um evento super democrático e o tema envolve cultura e religião, então precisa de muita visibilidade. A gente começou a movimentar as redes em abril e, desde então, precisou pensar em cada detalhe para que tudo estivesse pronto e organizado. Nunca havia gerenciado uma conta com essa amplitude antes, apesar de já ter cinco anos de experiência com redes sociais. Foi realmente desafiador, mas transformador”, explicou.
Ela também destacou como a presença digital se tornou uma ferramenta de diálogo e inclusão. “O legado é justamente esse diálogo aberto. Abrir espaço para que todos sejam ouvidos de igual para igual, para que as pessoas possam interagir, enviar críticas e elogios, e serem respondidas. A Bienal trouxe a oportunidade de dar voz às religiões de matriz afro e à cultura local, algo que considero de enorme importância”, contou Isadora.
Intensidade e responsabilidade
A experiência de Isadora se conecta diretamente à visão do jornalista Thyeres Medeiros que também participou da cobertura do evento e ressaltou a intensidade e a responsabilidade do trabalho. “Trabalhar na Bienal sempre é uma maratona. Já participei das edições de 2015, 2023 e agora, em 2025, e cada uma traz uma experiência incrível. É gratificante ver o impacto do trabalho: o conteúdo que produzimos chega a milhares de pessoas nas redes sociais. Isso mostra como uma boa cobertura pode transformar a percepção do público, mesmo de quem não pôde estar presente”, disse.
Ele ressaltou que o tema, visualmente rico do evento, contribuiu para o trabalho digital. “O tema deste ano, Brasil e África, é cinematográfico e extremamente visual, cheio de cores, elementos culturais e detalhes que facilitam a captação. Conseguimos levar essa experiência para quem está em casa, mostrando não só os autores e artistas, mas também a riqueza do evento e da cultura que ele celebra. É cansativo, são dez dias seguidos acompanhando todas as atividades, mas a sensação de dever cumprido e de contribuição positiva é enorme”, salientou Thyeres.
Conexão com o público
Já para a jornalista Camila Barbosa, cada imagem registrada era uma forma de aproximar o público do evento. “Nosso trabalho é muito focado em vídeo. Queremos que quem não veio se sinta presente e que quem está aqui veja o evento de forma diferente. Com apenas três pessoas na equipe, cada um se divide entre cobertura de programação e registro de momentos únicos. É impossível cobrir tudo, mas nosso objetivo é mostrar a riqueza da Bienal, para que o público consiga sentir o ambiente, a energia e a diversidade do evento mesmo à distância”, contou.
Ela também destacou os desafios de fazer uma cobertura em tempo real. “O maior desafio é o real time. Precisamos produzir rápido, coordenando luz, programação e cadência dos acontecimentos, para que os posts façam sentido. Além disso, as redes sociais viraram uma extensão da central de informações: as pessoas perguntam tudo por lá, e precisamos saber e responder cada dúvida. É intenso, mas extremamente recompensador”, concluiu a profissional.
Sobre a Bienal
A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.
Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.
Acompanhe as novidades da Bienal 2025 por meio do site oficial e também pelas redes sociais com o perfil @bienaldealagoas no Instagram, Threads e Facebook. E para ver mais fotos sobre a cobertura da Bienal, acesse nosso Flickr e confira todos os detalhes do evento.
