Escritora motiva público com obra infantojuvenil sobre bullying

Jamerson Soares - jornalista / Adriano Arantos - fotógrafo

A escritora Manuella Sthephany, de 18 anos, realizou uma palestra e um bate-papo sobre o livro que ela lançou há alguns anos A prova mais viva de amizade, nesta quarta-feira (5), durante a programação da 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. O encontro aconteceu na Sala Pitanga, com a presença de estudantes de duas escolas de Maceió e de Palmeira dos Índios, além de familiares, amigos e visitantes que se interessaram pela temática da obra.

Na ocasião, a jovem escritora fez uma apresentação sobre o processo criativo do livro, relatou algumas situações que aconteceram na vida pessoal dela, as inspirações para a composição dos personagens e de cenários, bem como explicou alguns trechos do livro e destacou a importância do perdão, da perseverança e da superação de desafios durante o percurso da vida.

O público pôde mergulhar em um momento de reflexão sobre a existência e a luta diária para conquistar o seu espaço no mundo. Além de amigos e familiares da autora, também estavam presentes clubes de leitura, como o intitulado Arriete Vilela.

“Quem nega o perdão é rejeitado por si mesmo. Quem perdoa se permite enxergar a plenitude da própria existência”, foi uma das partes da escrita que Manuella dissertou na palestra, que foi contemplada com acessibilidade por meio de intérprete de Libras.

Manuella contou que o livro fala sobre uma história de superação vivida na escola e no cotidiano em meio a diversas situações de bullying. Para ela, é uma felicidade ver que palestrou na mesma sala que anos atrás estava como aluna.

"Meu livro é um convite para despertar a autoria da própria história", disse Manuella, que se inspirou em suas próprias experiências para criar a personagem principal, Elis Garcia.

Questionada sobre o impacto e a inspiração que ela provocou na palestra, Manuella declarou que a vida é de trocas e que é inspirada por quem está ao seu redor.

“É sobre essa troca que a vida proporciona para cada um de nós. A gente pode se inspirar e nessa inspiração a gente pode buscar, a gente pode profetizar e conquistar o nosso viver do nosso jeito. É claro que, de certo modo, eu estou aqui, há um processo de inspiração dada a narrativa da obra, mas eu também, sem dúvida alguma, me inspiro nesses leitores que fazem parte da Bienal, nesses meus amigos que vêm me prestigiar, porque cada um tem o seu diferencial, o seu brilhantismo nesse mundo”, concluiu.

Impactos

Rosângela Lima é cadeirante e estava no evento. Ela contou que assim que entrou na sala, se encontrou com o que a escritora estava falando no momento.

“Ela falou sobre superação, o livro dela é sobre superação. Impactou porque eu me chamo superação. Eu estou na luta da pessoa com deficiência, principalmente da mulher que sofre violência, é sobre o feminicídio, sempre estou na luta. Eu me identifiquei muito com a escritora. Gostei tanto que vou levar o livro dela porque me identifiquei”, relatou Rosângela Lima.

Já a estudante de Palmeira dos Índios, Natália Souza Braz, de 17 anos, prestigiou a forma como a escritora falou sobre motivação e foi a pessoa que mais interagiu com ela.

“Achei uma palestra muito boa porque ela é uma pessoa que tem praticamente a mesma idade que eu, que passou por coisas parecidas com a minha porque a gente é jovem, vai fazer o Enem. É motivador porque alguém tão jovem quanto eu é capaz de conseguir escrever um livro, de falar, fazer uma palestra. Isso dá força para as pessoas conseguirem alcançar os objetivos”, afirmou estudante.

Sobre a Bienal

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.

Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.

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