Livro retrata 50 anos do curso de Educação Física da Ufal
Livro retrata 50 anos do curso de Educação Física da Ufal

Livro retrata 50 anos do curso de Educação Física da Ufal

Além deste, outras seis novas obras lançadas celebram a produção científica e literária alagoana

Jamerson Soares - jornalista / Adriano Arantos - fotógrafo

 A Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal) promoveu, na tarde deste sábado (8), o lançamento de sete obras autorais e acadêmicas no espaço Quilombo Literário, durante a programação da 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. O evento reuniu autores, familiares, amigos e docentes da Ufal em um momento de celebração da produção intelectual e cultural alagoana.

Entre os destaques do evento, o lançamento do livro 50 anos Educação Física – Ufal emocionou os presentes. A obra reúne textos de cerca de 30 docentes — entre fundadores, aposentados e professores atuais — que refletem sobre a história e o futuro do curso.

“O livro é uma coletânea em comemoração aos 50 anos do curso de Educação Física da Ufal. Ele reúne uma amostra bem completa de docentes desde a fundação até os mais recentes, trazendo visões pessoais e profissionais sobre o curso e o papel da educação física em Alagoas”, explicou Gustavo Araújo, diretor do Instituto de Educação Física e Esporte (Iefe) da Universidade.

O professor destacou ainda a coincidência feliz do lançamento durante a Bienal. “Às vezes não gostamos dos atrasos, pelo fato do livro ter sido publicado em 2024, mas este foi um atraso maravilhoso. Era para ter sido lançado no ano passado, mas acabou acontecendo agora, em um evento grandioso, que dá mais visibilidade e valoriza o trabalho dos autores”, afirmou.

Memórias acadêmicas

A professora aposentada Madalena Santana, uma das fundadoras do curso de Educação Física da Ufal, também esteve presente e compartilhou lembranças dos primeiros anos de implantação.

“É uma forma de reconhecimento de um trabalho que começou há 55 anos, com um grupo pequeno de professores. Foi um período difícil, sem recursos. Eu dava aula de dança contemporânea, mas nunca tive uma sala de dança — dava aula em galpões, até no restaurante universitário depois do jantar. Ainda assim, conseguimos criar algo novo dentro da universidade. Hoje, ver esse lançamento me deixa emocionada, porque percebo que nossa história está registrada. Valeu a pena, faria tudo de novo”, relatou.

“A universidade abrindo suas portas para o povo alagoano”

A professora Leonéa Santiago e atual assessora do Gabinete da Reitoria da Ufal, que também leciona no Iefe, celebrou a realização da Bienal, parabenizando a Universidade e celebrou o fato de a instituição abrir os braços para a sociedade que abraçou o evento.

“A Universidade Federal de Alagoas está de parabéns, juntamente com a sua editora, pela promoção da produção do conhecimento. A Bienal tem sido uma riqueza muito grande para todos nós que fazemos a Universidade. É um momento de abrir as portas da Ufal para a população alagoana e demonstrar aquilo que fazemos dentro dos nossos muros. Nosso dia a dia é de ensino, pesquisa e extensão, e a Bienal nos permite expor isso ao público. O povo alagoano é o que nos importa — a educação é o que é mais valioso na vida das pessoas”, celebrou Leonéa Santiago.

O lançamento coletivo reafirmou o papel da Editora da Ufal (Edufal) como importante veículo de divulgação científica e literária em Alagoas. Ao reunir diferentes áreas do conhecimento e múltiplas vozes da academia e da arte, a editora contribui para a valorização da produção local e o fortalecimento da identidade intelectual alagoana.

“A Bienal é o espaço ideal para mostrar à sociedade o que fazemos dentro da universidade”, resumiu Leonéa Santiago. “Esses livros representam o compromisso da Ufal com a educação, a ciência e a cultura do nosso estado”, concluiu a professora.

Outros lançamentos

Além do livro sobre o curso de Educação Física, outras obras foram lançadas no Quilombo Literário. As obras tratam de temas contemporâneos e relevantes, como tecnologia, desinformação, pandemia, educação e memória institucional, além de estudos sobre a arquitetura e o desenvolvimento urbano da capital alagoana.

Foram elas:

“50 anos da produção habitacional de Maceió: um contexto histórico da habitação de interesse social de 1964 – 2014”, de Flávia Marroquim;

“Cultura digital e educação: tecnologias, inclusão e narrativas reflexivas na prática”, de Rosemeire Lima (org.);

“Estudo imanente: gênero autônomo de reflexão e análise”, de Ciro Bezerra, Sandra Paz, Denis Avelino (org.);

“Metodologias do ensino superior e as tecnologias digitais de informação (TDIC): (re)significando as práticas docentes”, de Cícera Gomes, Erika Rodrigues, Maria Aparecida Viana (org.);

“Pandemia da desinformação: como as notícias falsas dominaram o debate público”, de Lucas Lisboa (Org.);

“Recursos digitais educacionais no contexto dos cursos da Universidade Aberta do Brasil”,  de Fernando Pimentel, Monique Angelo (org.).

Sobre a Bienal

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.

Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.

Acompanhe as novidades da Bienal 2025 por meio do site oficial e também pelas redes sociais com o perfil @‌bienaldealagoas no Instagram, Threads e Facebook. E para ver mais fotos sobre a cobertura da Bienal, acesse nosso Flickr e confira todos os detalhes do evento.

Correalização

Realização

Patrocínio Cultural