Produtores culturais dão vida e garantem sucesso do evento
Produtores culturais dão vida e garantem sucesso do evento

Produtores culturais dão vida e garantem sucesso do evento

Nos bastidores, o trabalho deles é um dos que fazem o maior evento cultural e literário de Alagoas acontecer

Ryan Charles - estudante de Jornalismo / Renner Boldrino - fotógrafo

Um evento da magnitude da 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é feito por muita gente. Alguns deles são vistos nas mídias diariamente, como é o caso dos autores e editoras que abrilhantam a programação do evento, mas também existem aqueles que pouca gente conhece e que são essenciais para o funcionamento do maior evento literário e cultural do estado, como é o caso dos produtores culturais.

E olha, são diversas as tarefas sob o guarda-chuva desses profissionais: a recepção das escolas, a organização dos monitores, a distribuição de atividades, as atrações culturais e a estrutura do evento passam pelo planejamento e dedicação dessa equipe, que, mesmo pequena, faz uma enorme diferença na realização de cada detalhe nos 10 dias de Bienal.

Cansativo, mas gratificante

O relações públicas Samy Dantas é um dos produtores que faz parte dessa equipe há quatro edições. Para ele, o grande diferencial do que faz tudo acontecer é a conexão e entrega da equipe. Ele contou que, muitas vezes, são os primeiros a chegar e os últimos a sair, mas que ainda assim, diariamente, entregam um trabalho de excelência.

“É um trabalho cansativo, porque estamos na linha de frente. Somos relativamente poucos, mas a equipe é muito coesa, unida e em sintonia. Mesmo diante de imprevistos, conseguimos lidar com tudo graças à responsabilidade, união e sintonia da equipe. Esse senso de pertencimento de eu participo, eu faço parte desse grande evento foi, talvez, o grande destaque desta edição”, reforçou o produtor.

Já Fátima Farias veio para sua segunda Bienal. Ela falou por toda a equipe quando disse que, apesar do trabalho ser cansativo e demandar muito tempo, o ganho vai além do profissional, já que trabalhar com cultura e literatura é o que eles gostam de fazer. 

“A gente sabe que o trabalho da produção cultural é o que faz a Bienal acontecer, mas é também um ganho pessoal, porque eu estou no lugar onde quero estar. Quero estar aqui, compartilhar, participar do evento. Não só como produtora, mas como alguém que está vendo os livros, conhecendo autores, muitos que eu não conhecia, e estar junto daqueles que eu já admirava. Então é muito bom ter esse retorno, essa experiência”, explicou Fátima.

De monitora a produtora

Ter um evento internacional no currículo com certeza faz diferença, mas há aqueles que trabalham por carinho ao evento. Carol Almeida é um desses casos. Ela começou sua trajetória no evento ainda na segunda edição, em 2005, como monitora, e desde então não saiu mais. Tanto que, em 2011, entrou como parte da equipe de produção e, sem dúvidas, ajudou a estabelecer este que é um dos maiores eventos do estado. Sua ligação com o evento é tão profunda que se transformou em parte importante de sua trajetória acadêmica.

“Tenho muito apreço pela Bienal, tanto que ela foi o meu objeto de estudo no mestrado, que inclusive foi publicado em livro este ano. Fiz um estudo sobre os bastidores da produção, sobre como o evento acontece por dentro. Analisei o trabalho dos meus colegas que participam dessa parte da produção, e daí nasceu a minha dissertação, chamada Por dentro da Bienal Internacional do Livro de Alagoas: recortes da memória gerencial do evento sob a perspectiva das equipes de trabalho (2005-2019), que fala justamente sobre esse processo”, explicou Carol.

Como parte essencial do evento, ela conta como é testemunhar a Bienal crescer todos os anos e qual a sensação de, mesmo após nove edições, fazer parte dessa equipe. “A proporção aumentou muito. Quando eu comecei, em 2005, ainda era lá no Clube Fênix e, em 2007, passou a ser aqui, no Centro de Convenções, e a cada edição o evento fica maior, no sentido de mais atividades, mais público, mais lançamentos de livros. É gratificante e é um desafio. Toda edição dá um frio na barriga. Mesmo assim, é muito gratificante e continua sendo um grande desafio”, detalhou.

“Aprendi bastante e cresci muito”

Há também aqueles que estão enfrentando pela primeira vez o desafio de produzir a Bienal e, dentro do evento, encontraram uma nova perspectiva de carreira. Léo Melo, que já era um frequentador assíduo do evento, destacou a importância de manter o evento no estado: “Eu acho o evento muito importante, porque a cultura literária ainda é algo bastante defasado no nosso país. Ter um evento desse porte, internacional, trazendo vários autores para apresentar seus livros e oferecendo tudo de forma gratuita, é algo extremamente significativo”, reforçou.

Mesmo já tendo experiência em outros eventos como produtor cultural, Léo destacou que trabalhar na Bienal foi uma oportunidade única de aprendizado. Ele ressaltou os ganhos profissionais adquiridos ao longo dos 10 dias de evento e elogiou o cuidado, a atenção e a dedicação da equipe, que garante que cada detalhe seja realizado com perfeição.

“Ter a Bienal no currículo já traz uma visibilidade muito maior para qualquer produtor. Profissionalmente, foram muitos ganhos e aprendizados, principalmente com a equipe, que tem uma vivência muito maior que a minha. Aprendi bastante e cresci muito. É uma produção muito técnica: tudo é avaliado desde o início do dia, e caso haja algum tipo de imprevisto, ele já é resolvido antes de começar a programação. Existe toda uma estrutura e uma equipe comprometida por trás, e isso foi o que mais me cativou”, finalizou.

Sobre a Bienal

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.

Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.

Acompanhe as novidades da Bienal 2025 por meio do site oficial e também pelas redes sociais com o perfil @‌bienaldealagoas no InstagramThreads Facebook. E para ver mais fotos sobre a cobertura da Bienal, acesse nosso Flickr e confira todos os detalhes do evento.

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