Roda de diálogo discutiu o direito à educação da pessoa idosa
vento discutiu o direito à educação da pessoa idosa (Foto: Bianca Rodrigues)

Roda de diálogo discutiu o direito à educação da pessoa idosa

Ação da Semed reafirmou que a educação é um direito de todos e em todas as idades

Ascom Bienal com Janaina Farias e Lane Gois - Ascom Semed

A efetivação do direito à inclusão da pessoa idosa no processo de escolarização foi o tema da roda de diálogo promovida pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) e que reuniu professores, diretores, conselheiros e estudantes para discutir práticas e desafios da alfabetização e do letramento de pessoas idosas durante a 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. O momento reafirmou que a educação é um direito de todos e em todas as idades, além de trazer reflexões sobre o papel da educação como instrumento de inclusão e cidadania para pessoas com mais de 60 anos.

A abertura da roda de diálogo contou com Janorete de Carvalho, secretária-executiva do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Maceió, que ressaltou a importância de garantir o acesso à educação como base para outros direitos. “Sem o acesso à educação, a gente também não consegue acessar as demais políticas públicas. O preconceito ainda é muito grande, muitos familiares acham que é absurdo o idoso voltar à sala de aula, e é esse olhar que precisamos mudar”, afirmou.

O coordenador-técnico da Educação de Jovens, Adultos e Idosos da Semed, Rubens Lima, explicou que a proposta da roda de conversa foi mostrar à sociedade alagoana que a presença da pessoa idosa nas salas de aula representa um ganho para a educação.

“A escolarização da pessoa idosa não traz perdas, pelo contrário, traz ganhos. Eles têm experiências de vida riquíssimas, e a escola é também um espaço de socialização, de dançar, cantar, brincar e aprender juntos”, destacou, ao dizer ainda que a rede pública municipal de ensino conta atualmente com 40 escolas e mais de 5 mil estudantes, sendo cerca de 40% com idade acima dos 50 anos.

Relatos

Entre os relatos compartilhados, Vera Aquino, que atua em uma instituição de acolhimento, destacou o papel da ludicidade e da afetividade no processo de ensino. “Mesmo com adultos, trabalhar o lúdico é essencial. A afetividade é o que faz o idoso vencer a resistência e acreditar que pode aprender”, disse.

Outra experiência marcante foi apresentada por Claudinei de Maria França de Lima, assistente social e alfabetizadora do Programa Brasil Alfabetizado, que atua com idosos em uma casa de acolhimento. Ela contou a história de Dona Dorinha, 76 anos, com deficiência visual, que se emocionou ao reconhecer o próprio nome em letras feitas com cola colorida e textura.

“Ela disse: ‘Esse é o meu nome!’ e chorou. Esse momento não tem preço”, relembrou Claudinei. A alfabetizadora também reforçou a importância da educação como direito universal. “Todos têm o direito de aprender, conhecer seus direitos e se sentirem parte da sociedade.”

Ao final da roda de conversa, a estudante Maria Aparecida Rodrigues da Silva, da Escola Municipal Drª. Nise da Silveira, fez a leitura de sua produção literária Livros não têm Asas, emocionando o público, ao refletir sobre o poder da leitura e da imaginação.

Sobre a Bienal

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.

Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.

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