Tribunal de Justiça de Alagoas traz programação variada

Ascom Bienal com Filipe Norberto - Ascom Esmal

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas acontecerá entre os dias 31 de outubro e 9 de novembro com o tema Brasil e África ligados culturalmente nas suas raízes e ritos. Dialogando com essa proposta, o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) abordará em seu estande o tema Justiça também é luta ancestral e uma variada programação para os dez dias de evento.

Para Mirian Alves, diretora da Biblioteca Geral do TJAL, a iniciativa é um ponto de partida para refletir sobre narrativas que foram invisibilizadas ao longo da história cultural e jurídica do país.

"Conhecemos pouco da trajetória de pessoas negras escravizadas no Brasil. Boa parte dos relatos narram suas lutas, sua organização de fugas e revoltas, o que é apenas uma parte da história. No entanto, a busca pela liberdade também se deu no âmbito do Judiciário, com processos judiciais que ajudam a revelar essa camada da construção de nossa sociedade", explicou Mirian, que coordena a Comissão do TJ-AL para participação no evento.

A diretora considera, ainda, que esta é uma oportunidade de aproximar o Judiciário da sociedade alagoana: "Os setores do Judiciário que irão apresentar suas atividades durante a Bienal estão preparando dinâmicas interativas nas quais o público poderá dialogar com magistrados e servidores que estão na linha de frente do atendimento à comunidade. Vai ser possível tirar dúvidas e entender que a Justiça é instrumento de proteção e de paz social", enfatizou.

A participação do TJ-AL será viabilizada pela comissão composta por membros da Escola Superior da Magistratura (Esmal), da Presidência do TJ-AL e do Centro e Cultura e Memória do Judiciário (CCM).

Detalhes da programação

A abertura do estande será já no primeiro dia, 31 de outubro, com lançamento do livro eletrônico e premiação dos autores dos artigos mais bem avaliados do 9º Encontro de Pesquisas Judiciárias (Enpejud). Ainda neste dia, a Esmal celebrará os 10 anos da sua revista científica com a entrega da premiação Legados de uma década.

No dia seguinte, 1º de novembro, o Centro de Cultura e Memória do TJ-AL apresentará a exposição Liberdade sempre: memórias da escravização do século XIX e haverá o lançamento da obra infantil: Tum-Tum Laga-Sete e a grande descoberta, de Lígia Mont´ Alverne Jucá Seabra e Guilherme Mont´Alverne Jucá Seabra.

A programação prossegue no domingo (2) com a continuação da exposição do CCM e lançamento do livro Do silêncio ao grito: a redefinição do agressor pela perspectiva da mulher na Lei Maria da Penha de Valkiria Malta Gaia Ferreira.

Já no dia seguinte, segunda (3), a 16ª Vara Criminal em parceria com a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e o Conselho da Comunidade exporá os projetos desenvolvidos em favor dos ressocializandos das unidades do sistema prisional. Também neste dia, o magistrado curador do CCM, Claudemiro Avelino, lançará sua obra Alvarás Régios Brasil/Portugal, séc. XVIII e XIX, e Resoluções, Cartas, Editais e Regimentos.

Programação variada e dinâmica

Na terça-feira, 4 de novembro, a Coordenadoria da Infância e Juventude do TJ-AL conduzirá atividades relacionadas à adoção, proteção dos direitos infantis e rodas de conversas, pela manhã. Também neste dia, o desembargador Orlando Rocha lançará seu livro Religião e política: a ameaça à laicidade.

Na quarta (5), o Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) reforça a articulação entre comunidade estudantil, sociedade e Judiciário com oficinas de contação de histórias, plantões de atendimento e espetáculos culturais voltados à alunos da rede pública municipal e estadual. Neste dia ainda, Isabelle Bordalo divulgará seu livro: Dos Orixás à Casa Grande: o (de)colonizar do axé nas decisões do Judiciário.

Na quinta (6), as ações serão dirigidas pela Coordenadoria da Mulher junto a Casa da Mulher Alagoana e o Grupo de Participação Feminina. Durante todo o dia, haverá rodas de diálogo sobre estereótipos de gênero, jogos e exposições literárias. À noite, será lançado o livro Educação escolar quilombola e emancipação: uma relação dialógica com Herbert Marcuse, de José Bezerra da Silva.

A sexta-feira (7) terá os membros da Coordenação de Direitos Humanos e da Comissão de Equidade Racial com atividades voltadas ao combate ao racismo, incluindo oficinas, exposições e a divulgação de materiais educativos. A programação também contará com o lançamento coletivo do livro Direito Administrativo Cidadão, de Andréa Santa Rosa, Fábio Lins, Janaína de Freitas e Nayanne Oliveira.

Feira de troca de livros e muito mais

Os últimos dias seguem com programação variada no estande do TJ-AL. No sábado (8), será apresentado o livro Audiência de custódia no processo penal fraterno, de Sandro Augusto dos Santos. O dia terá ainda feira de troca de livros, encontro do Clube do Livro Direito e Literatura e lançamentos de obras, entre elas C_rônicas do Judiciário Alagoano Volume I_ e O último enforcado do Império do Brasil: A História e o Processo, de Hilda Monte.

No domingo (9), a programação será encerrada com o lançamento do livro Pareço domingo, de Pedro Henrique Soares Lopes de Morais, e uma apresentação artística de João Victhor Regis.

Sobre a Bienal

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.

Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.

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