Guia de Materiais para uma Educação Antirracista será lançado
Livro teve a orientação da professora doutora Débora Massmann, titular do curso de Letras da Ufal (Foto: Edilson Omena)

Guia de Materiais para uma Educação Antirracista será lançado

Livro teve a orientação da professora doutora Débora Massmann, titular do curso de Letras da Ufal

Deriky Pereira - jornalista com Ricardo Rodrigues - Tribuna Independente

A programação da 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas contará com mais um lançamento especial: trata-se do Guia de Materiais para uma Educação Antirracista, livro que teve a orientação da professora Débora Massmann, titular do curso de Letras da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O lançamento será no dia 2 de novembro, às 18h, no estande da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult). A entrada, você já sabe, é franca.

Segundo a professora o guia é uma organização coletiva, em formato impresso e e-book, financiada, em 2025, pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), em Alagoas. A obra apresenta um conjunto de materiais artísticos e culturais, ancorados nas questões étnico-raciais, destinados a apoiar práticas pedagógicas críticas e inclusivas, principalmente em salas de aula. “Mais do que uma coletânea de materiais, o guia é um compromisso com a inclusão e a diversidade, pois acreditamos que a educação tem força para transformar realidades”, disse.

Entre os recursos indicados, destacam-se: documentários, curtas-metragens, filmes, podcasts, entrevistas, clipes, músicas, além de espaços urbanos e digitais para visitação e desenvolvimento de atividades educacionais. Todo conteúdo pode ser acessado, por meio de QR-codes, pensado para fomentar um ambiente de aprendizado antirracista.

O livro, publicado pela Batuque Editora, é resultado de três anos de ações de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas sob a orientação da docente. Além disso, com foco em apoiar educadores em sua prática diária, a obra aborda temas essenciais como identidade racial, história da luta antirracista, saberes culturais e ancestrais e conscientização sobre direitos humanos.

Importância de debater o racismo

Para Débora Massmann, debater o racismo em salas de aula é de fundamental importante para combater o discurso de ódio e disseminar as políticas afirmativas, a exemplo das cotas para negros nas universidades e nos concursos públicos. “A conscientização dos alunos passa por essa discussão, por esse debate sobre racismo funcional, até porque ainda encontramos muitos alunos que não se identificam como pessoas negras, apesar da cor da pele”, observou a professora.

Com a ajuda do guia, ela espera que a juventude se sinta motivada para criar novas relações, sem as amarras do racismo, do machismo e da violência de gênero. “É preciso que o jovem se sinta livre para combater o racismo, como uma prática nociva, como crime que deve ser evitado e punido. Isso é uma via de mão dupla, o aumento de casos de racismo está relacionado ao aumento de denúncias”, concluiu.

Sobre a Bienal

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas acontece de 31 de outubro a 9 de novembro, é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.

Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.

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