Livro sobre cinema e audiodescrição será lançado
Obra de Felipe Neves será lançada no dia 4 de novembro, a partir das 15h, no estande da Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos
Ascom Bienal com Ascom Ufal
O livro ‘Por onde anda os vagalumes?’, de Felipe Neves, egresso da Faculdade de Letras (Fale) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), será lançado durante a 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, no dia 4 de novembro, das 15h às 15h50, no estande da Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos. O evento contará com sessão de autógrafos, venda de exemplares e um momento especial de interação com o público. Para garantir uma experiência acessível às pessoas com deficiência visual, o lançamento contará com audiodescrição ao vivo. A entrada, você já sabe, é franca.
“Por onde anda os vagalumes?’ é um filme verbo-visual de curta-metragem. Nele, o Peregrino Cego, um artista da palavra, vive em um tempo sombrio. Inconformado com os horrores sociais, o artista usa a palavra-luz para resistir e sonhar um novo tempo. A obra aborda os principais horrores da nossa história e algumas pessoas que foram mortas de forma desumana.
O filme literário é curto, no entanto, é o suficiente para impactar e ficar guardado na memória. Com tudo isso, Felipe Neves reforça seu compromisso com a arte da palavra e com a sociedade, pois ao relembrar esses horrores para aqueles que esqueceram, não objetiva reviver o passado sombrio, mas contribuir para que ele não venha se repetir no futuro e no presente.
Mais sobre o livro
Inspirada nos poemas homéricos, a publicação é uma obra experimental inédita que combina a linguagem cinematográfica com a técnica da audiodescrição, um recurso de acessibilidade comunicacional que traduz, transforma, imagens em palavras vívidas.
"Mais do que o lançamento de um livro, o momento será um ato de resistência, poesia e inclusão, que celebra a força da literatura como um caminho para a transformação social. A obra convida a perceber a vida com outros sentidos e a continuar sonhando um mundo melhor, celebrando uma literatura que transforma e ilumina caminhos, porque, enquanto houver palavra-luz, os vagalumes nunca deixarão de brilhar", explicou Neves.
A obra foi realizada com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do governo federal, através do Ministério da Cultura (MinC), operacionalizado pelo governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult).
O autor
Natural de Maceió, Felipe Neves deu os primeiros passos no mundo literário ainda na adolescência, publicando poesias no Facebook (2012). A jornada do poeta, todavia, foi interrompida por um glaucoma irreversível em 2013. Em 2017, após ficar inteiramente cego, adotou o pseudônimo ‘Peregrino Cego’ e prosseguiu no universo da literatura.
Atualmente, ele se autodenomina artista da palavra, com três livros literários e algumas obras audiovisuais; audiodescritor e consultor premiado oito vezes com trabalhos e pesquisa em audiodescrição; gestor na Pra Ver Ouvir, empresa especializada em audiodescrição; licenciado em Letras – Português pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal); e pós-graduando em Língua Portuguesa pela Iguaçu.
Em 2020, venceu o concurso nacional de poesia para escritores cegos que resultou na coletânea Histórias e vidas: além do olhar. Em 2022, publicou o livro de contos Dezconstrução. Em 2023, participou, como coautor, da antologia Sobrevivendo às ruas: as histórias de um povo e, no mesmo ano, lançou Oxe, nem te conto…, o livro de crônicas mais acessível da 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. No ano seguinte, coproduziu um capítulo de livro na Coleção Sinpete: Ciência na Escola para o Desenvolvimento Sustentável.
Em 2025, produziu o seu terceiro livro, aprovado na Aldir Blanc, Por onde anda os vagalumes?, uma narrativa curta e impactante baseada em fatos reais, que será lançado na 11ª edição da Bienal Internacional do Livro de Alagoas.
Sobre a Bienal
A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas acontece de 31 de outubro a 9 de novembro, é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.
Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.
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