Obras lançadas refletem vivências pessoais e pesquisas de autores
Produções foram escritas por servidores e estudantes da Rede Estadual
Ascom Bienal com Ana Flávia Oliveira e Kaique Pacheco – Ascom Seduc
Servidores e estudantes da Rede Estadual de Ensino lançaram obras durante a 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que acontece até o domingo (9). Os lançamentos ocorrem no estande da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Biblioteca Pública Estadual e da Editora Perfomance e os livros destacam pesquisas acadêmicas, memórias afetivas e a riqueza cultural de Alagoas.
O professor da Escola Estadual Doutora Eunice Lemos Campos, de Maceió, Jeorge Venancio, apresentou o livro O(A) Pedagogo(a) em Ação no Ensino Médio Integrado à Educação Profissional e Tecnológica, fruto de sua pesquisa de mestrado no Instituto Federal de Alagoas (Ifal).
“O objetivo do meu livro é refletir sobre os processos formativos docentes que enaltecem o currículo integrado entre a formação geral e profissional”, explicou Jeorge, que também expôs seu Produto Educacional, um caderno (auto)reflexivo do(a) pedagogo(a), que oferece subsídios teórico-práticos para coordenadores e professores.
Sobre a experiência de lançar um livro na Bienal, Jeorge comentou: “Ter uma publicação na Bienal é bastante significativo, pois representa o reconhecimento de muito estudo, pesquisa e trabalho. É uma forma de compartilhar saberes com outros profissionais e impactar positivamente a educação”, disse.
Memórias da infância
Já a professora Damiana Melo, gestora da Escola Estadual Maria José Loureiro, também de Maceió, lançou o plaquete “Breves Histórias de uma Infância”, que mistura suas memórias pessoais e vivências escolares. “O contato intenso com as infâncias atuais me transporta para minha própria infância. Assim nasceu este plaquete, que dialoga com as crianças interiores dos adultos”, afirmou.
Ela ressaltou ainda a importância de escrever sendo professora da Rede Estadual: “Ser professora da Rede Pública é uma grande realização. Busco todos os dias retribuir tudo que recebi e incentivar meus alunos a sonharem e criarem”, concluiu.
Identidade
A estudante Lara Barros, da Escola Estadual Humberto Mendes, de Palmeira dos Índios, apresentou na quinta-feira (6) o livro ilustrado O Reisado da Tabacaria como Espelho para a Identidade Cultural do Povo Quilombola: as vozes de mestre Gerson Paulino, desenvolvido pelo coletivo artístico-cultural Minha Palmeira Tem Mais Cor.
A obra é fruto de pesquisa do Programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior (Pibic Jr) em 2024 e foi orientada pelo professor de Arte Matheus Nascimento, tendo como propósito valorizar a cultura popular e as tradições quilombolas na formação da identidade alagoana por meio de registros de manifestações culturais populares da comunidade quilombola da Tabacaria, localizada em Palmeira dos Índios.
“É uma sensação indescritível, porque eu nunca imaginei que uma aluna da rede estadual pudesse ter uma oportunidade como essa, ainda mais em um evento tão grande e importante como a Bienal. Representar a escola nesse momento, sendo uma adolescente que está concluindo o ensino médio e contando com o apoio da gestão, é algo muito gratificante”, destacou, emocionada.
O professor Matheus Nascimento enfatizou a importância de incentivar os sonhos dos estudantes e ressaltou o orgulho de acompanhar o sucesso de sua orientanda: “Eu sonhei com isso na minha juventude — inclusive, tenho um livro publicado — e, quando vi uma aluna com o mesmo sonho, fiz de tudo para que ela alcançasse esse objetivo. Estou muito realizado e orgulhoso de vê-la publicando esse livro”, afirmou o professor.
Sobre a Bienal
A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.
Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.
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